Video na Defesa de Territórios
Canal Reload + Witness Brasil
O vídeo como ferramenta de luta indígena
Vocês têm noção da transformação que essa simples câmera do celular pode causar? Muitos dos vídeos produzidos por celulares de jovens indígenas já chegaram até as autoridades mundiais na COP26. A gente quer que mais coletivos audiovisuais se espalhem pelo Brasil. Mas é claro, é preciso coragem e cuidado. Porque são muitas as ameaças e as intimidações que sofremos: de madeireiros, garimpeiros, sojeiros, pescadores, caçadores ilegais…
Então, imagina toda essa gente em ação, encorajada por políticas públicas e pelos discursos do presidente Jair Bolsonaro? Que não é novidade para ninguém, trava uma guerra declarada contra os direitos dos nossos povos.
Usar a tecnologia em favor dos povos indígenas e seus territórios se tornou uma forma que, muitas vezes, vai além da denúncia, é questão de sobrevivência.

Vamos assistir a essa introdução da Samela Sateré-Mawé
Contexto Político
1. Desmonte de instituições e programas conquistados pelos povos indígenas nos últimos anos
2. Projeto de lei 191/2020, que autoriza a mineração, a exploração de petróleo e outros recursos naturais em Terras Indígenas.
3. Marco Temporal, que foi retirado da pauta do STF, sem previsão de retomada. A tese estabelece que povos indígenas só podem reivindicar o direito à terra onde já estavam em 5 de outubro de 1988, dia que entrou em vigor a Constituição Brasileira.
4. Área devastada pelo garimpo em terras indígenas no ano passado 41 vezes maior do que há seis anos. 41 vezes!
5. Crescimento de 138% de desmatamento nessas áreas nos três anos de governo Bolsonaro!
Guardiões da Floresta.
Quem tá de olho nisso também e desde 2012 patrulha contra a invasão e a destruição da Amazônia Legal no Maranhão são os Guardiões da Floresta.
Cabe à União proteger as terras indígenas, mas a gente sabe que a história não funciona assim. Por isso, lá estão eles com estrutura necessária para passar dias em operação de monitoramento. Utilizando inclusive drones para antecipar as ações e serem mais eficientes. Além das imagens, esse guardiões chegam a entregar até madeireiros para a Polícia Federal. E lutam ainda no combate ao tráfico de drogas, já que drones revelam até grandes plantações de maconha no meio da mata..

Na Reserva Alto Turiaçu, no noroeste do Maranhão, os indígenas Ka’apor usam câmeras ocultas e GPS, para vigiar a selva. Os rastreadores indicam a rota dos caminhões invasores, desde a origem até o destino. Isso já ajudou o Ibama na destruição de dezenas de serrarias ilegais.
Guardiães da Floresta
Conheça a ação dos Guardiões da Floresta. Grupos indígenas que patrulham a floresta e seus territórios para preservá-lo e protegê-lo da ação de invasores ilegais, madeireiros, garimpeiros e demais ocupações irregulares das terras indígenas.
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